Depois do Golpe de Estado a 25 de Abril, surge o I Governo Provisório. No entanto, dentro do próprio governo o clima era de tensão e de confrontos políticos. A principal divergência estava relacionada com a Guerra Colonial. O MFA e os seus apoiantes defendiam o fim da guerra, estando prontos a activar os mecanismos de descolonização, enquanto os partidos de direita ligados ao General Spínola pretendiam exactamente o contrário. Este clima de confronto de ideias leva à radicalização dos partidos ligados a Spínola e das Forças Armadas.
A 11 de Março Spínola promove uma tentativa de Golpe de Estado. Também durante todo o Verão de 1975, o chamado Verão Quente, o clima foi de constante efervescência, pelas divergências entre democráticos e revolucionários (comunistas). A estabilidade e uma democracia enraízada ainda estavam longe de ser alcançadas....
No entanto, e embora todas as contradições do Governo Provisório, algumas medidas de emergência foram tomadas:
- Congelamento dos preços (Questão: o congelamento dos preços servia de combate à inflação?)
- Combate à fuga de capitais (Questão: como era feito o combate à fuga de capitais?)
- Adopção de diferentes formas de luta apoiadas na auto-gestão: organizavam-se plenários (reuniões onde os trabalhadores discutiam problemas e soluções para a empresa) e criavam-se Comissões de Trabalhadores.
- Nacionalizações - O Estado assumiu o controlo da banca e de vários sectores, afectando os monopólios e instalando uma nova economia socialista, podendo assim conceder subsídios, etc. O Estado funcionou como um Estado Providência.
Estas medidas foram acompanhadas pelas conquistas do direito à greve e da liberdade sindical por parte dos trabalhadores, que reivindicavam o salário mínimo, menos horas de trabalho, férias pagas, subsídios de alimentação e doença.
Manifestação dos Operários da Lisnave em Setembro de 1975
Clima de agitação num debate entre Álvaro Cunhal e Mário Soares
(Comunismo x Socialismo)
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