O fim da Segunda Guerra Mundial trouxe ao mundo novas potências e desfigurou as antigas. A Alemanha e o Japão, que ambicionaram demasiado o domínio de grandes territórios e de povos antigos, saíram do conflito humilhadas e vencidas. O Reino Unido e a França, por sua vez, embora tenham saído vitoriosos, viam-se agora empobrecidos e dependentes da ajuda externa. Só os Estados Unidos e a União Soviética é que saíram da guerra como grandes potências.
Os Aliados mostram-se então, preparados para se debruçarem sobre o mapa geopolítico e definirem o futuro das nações. De 4 a 11 de Fevereiro de 1945, reunem-se em Ialta os três grandes representantes dos países vencedores: Roosevelt, dos E.U.A; Estaline, da URSS; e Churchill, político de Inglaterra. De conferência de Ialta surgem as seguintes conclusões:
- Quanto à organização Mundial, convoca-se para Abril uma Conferência de organização e criação das Nações Unidas;
- Quanto à Europa Libertada, pretende-se reconstruir todas as economias abolindo todos os vestígios fascistas e instituindo entidades democráticas de acordo com a vontade dos povos
- Quanto ao desmembramento da Alemanha, retira-se-lhe toda a autonomia, sendo esta entregue aos três principais Aliados (Inglaterra, EUA e URSS) e à República Francesa
- Quanto às reparações, estimam-se as indemnizações que a Alemanha terá que pagar aos países vencedores, principalmente os que suportaram maiores dificuldades.
A conferência de Ialta não foi o centro destas decisões apenas. Outras decisões de carácter menos público foram acordadas, nomeadamente no que toca à divisão de fronteiras consoante os interesses políticos de cada nação. É aqui que se percebe onde é que a Conferência que devia preparar a paz peca e é aqui que se percebe que o erro do primeiro pós-guerra volta a ser cometido: Os políticos decidem um novo mapa geopolítico de um momento para o outro, sem se preocuparem com as vontades dos povos.